O que é doença de Alzheimer?
A ameaça do alemão sobre todos nós.
Você já ouviu falar sobre doença de Alzheimer? As brincadeiras muitas vezes versam, quando se comete uma falha cognitiva, sobre a ameaça de que o alemão (Alois Alzheimer) ainda vai “te pegar”.
Para nós todos, interessa entender que demência é um termo geral, como as doenças pulmonares ou cardiovasculares, e pode ser causado por várias doenças ou condições médicas. Doença de Alzheimer é um tipo de demência. Especialmente, nas últimas décadas, o termo de doença ou demência de Alzheimer tem sido muito utilizado como diagnóstico médico e gerador de fortes emoções.
É uma preocupação frequente para parentes ou amigos quando o idoso se esquece de fatos importantes, repete-se em demasia, confunde alhos com bugalhos, atrapalhe-se com os medicamentos e perde-se em lugares conhecidos.
Doença de Alzheimer é comum?
Dentre os mais 50 milhões de pessoas com demência no mundo, demência de Alzheimer é responsável por cerca de 36 milhões (2018). De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer (Abraz), no Brasil, 1,2 milhão de brasileiros tem doença de Alzheimer (2018). Em média, uma pessoa vive 8 a 10 anos após receber o diagnóstico, porém, pode viver até 20 anos, dependendo de outros fatores
Um quarto dos pacientes com doença de Alzheimer possuem familiares com a mesma doença. A maioria dos casos de demência de Alzheimer de início tardio (acima de 65 anos) é esporádica e, antes dos 60 anos, hereditária.
Quais são os sintomas de doença de Alzheimer?
Sintomas comuns de doença de Alzheimer:
Como evolui?
Demência de Alzheimer é uma doença progressiva, podendo existir períodos de estabilidade. A progressão ocorre geralmente de maneira mais rápida nas formas hereditárias da doença.
Nos quadros de demência da Doença de Alzheimer, normalmente observa-se um início lento dos sintomas (meses ou anos) e uma piora progressiva das funções cerebrais. Evolui com piora da memória, desorientação, dificuldades de linguagem e no reconhecimento de pessoas. A funcionalidade vai caindo. A pessoa perde a capacidade para andar, sustentar a cabeça e deglutir. Nas fases moderada e grave, perde o controle dos esfíncteres. Pode apresentar sintomas de apatia, depressão, alucinações delírios, irritabilidade, agitação e agressividade.
Como é o diagnóstico?
O diagnóstico da doença de Alzheimer é clínico, isto é, depende da avaliação feita por um médico, para elaborar, com base da história, testes cognitivos, avaliação da funcionalidade e os exames do paciente, a melhor hipótese para a causa da demência. Medicamentos com propriedades anticolinérgicas podem prejudicar a cognição.
Como em outros tipos de demência, a certeza do diagnóstico só pode ser obtida por meio do exame microscópico do tecido cerebral do doente após seu falecimento. Pelos riscos envolvidos, não se faz com o paciente vivo.
Faz parte da bateria de exames complementares uma avaliação aprofundada das funções cognitivas.
Exames de sangue e de imagem, como tomografia ou, preferencialmente, ressonância magnética do crânio, devem ser realizados para excluir a possibilidade de outras doenças. O exame de ressonância magnética com volumetria de hipocampo pode ser útil no diagnóstico de doença de Alzheimer.
A Doença de Alzheimer não deve ser a principal hipótese para o quadro demencial quando houver evidências de outras doenças que justifiquem a demência (por exemplo, doença vascular cerebral ou características típicas de outras causas de demência), ou quando há uso de medicação que possa prejudicar a cognição.
Uma novidade nas pesquisas científicas é a análise de biomarcadores de beta-amiloide (das placas senis) e de proteína tau (dos emaranhados neurofibrilares) que estão sendo estudados para auxiliar no diagnóstico preciso da Doença de Alzheimer. O exame de biomarcadores no líquido cefalorraquidiano pode ajudar na diferenciação da doença de Alzheimer das outras demências. Recentemente, foi aprovado um anticorpo monoclonal, o aducanumabe, que atua eliminando o acúmulo de proteínas tóxicas aos neurônios e pode desacelerar a doença de Alzheimer. Se efetivo, poderá justificar o pedido deste exame.
O painel Genético para Doença de Alzheimer pode ser utilizado, especialmente, nos casos de demência de Alzheimer de início precoce para avaliação de mutações nos genes e para aconselhamento familiar.
O PET neurológico (tomografia computadorizada com glicose marcada) ou cintilografia de perfusão ajudam a evidenciar uma redução bilateral de fluxo sanguíneo e do metabolismo nas regiões temporais e temporoparietais em doença de Alzheimer. O PET e o SPECT podem diferenciar sujeitos idosos normais, ou com comprometimento cognitivo leve, de indivíduos com doença de Alzheimer inicial.
O eletroencefalografia tem um papel importante durante a evolução clínica da doença de Alzheimer, já que cerca de 15% dos portadores dessa demência podem apresentar crises convulsivas durante a progressão da doença.
Qual a abordagem no tratamento da doença de Alzheimer?
Abordagem envolve:
Não se sabe como a doença de Alzheimer se inicia, mas são conhecidas nas lesões cerebrais dessa doença algumas características, as principais, são as placas senis e os emaranhados neurofibrilares. Outra alteração observada é a redução do número das células nervosas (neurônios) e das ligações entre elas (sinapses), com redução progressiva do volume cerebral.
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