Quando o ronco pode ser perigoso?
O ronco pode ser apenas uma doença social, que exige atenção e pode ser tratada, mas, se o cônjuge for forte, as cotoveladas corretivas podem ser traumáticas.
Brincadeiras à parte, uma das causas de ronco que pode ser perigosa pelas consequências para a saúde é a apneia do sono.
O que é apneia do sono?
A apneia obstrutiva do sono é uma importante perturbação respiratória caracterizada pela obstrução recorrente das vias aéreas superiores, levando a repetidas pausas respiratórias completas (apneias) ou parciais (hipopneias).
A ventilação reduzida resulta em teor reduzido de oxigênio e aumentado de gás carbônico no sangue arterial, determinando um esforço respiratório para reverter o quadro. Isso leva ao despertar, à recuperação do tônus muscular e do calibre das vias aéreas superiores e ao aumento da atividade simpática: vasoconstrição periférica, hipertensão arterial e hiperventilação. Esse processo repete-se inúmeras vezes durante à noite.
A qualidade do sono, em pacientes com apneia, fica comprometida pelos múltiplos despertares e a redução dos estágios mais profundos do sono.
Apneia do sono é comum?
Apneia obstrutiva do sono é muito prevalente, com base na prevalência média, estima-se que 1 em cada 5 adultos tenha apneia leve e 1 em cada 15 tenha, pelo menos, apneia moderada. Trata-se de uma doença pouco reconhecida e tratada.
Fatores de risco não modificáveis são sexo masculino, idade e raça. A predisposição genética ou um histórico familiar de apneia do sono, bem como a anatomia facial do crânio, resultam em vias aéreas estreitas, o que pode conferir maior risco para apneia.
Os fatores de risco modificáveis são obesidade, medicamentos que causam relaxamento muscular e estreitamento das vias aéreas (opiáceos, benzodiazepínicos, álcool), distúrbios endócrinos (hipotireoidismo, síndrome do ovário policístico), tabagismo e congestão ou obstrução nasal.
A apneia do sono, especialmente moderada ou grave, está associada com uma série de condições médicas, incluindo acidente vascular cerebral, infarto do miocárdio, hipertensão, dislipidemia, intolerância à glicose, diabetes, arritmias incluindo fibrilação atrial, hipertensão pulmonar, insuficiência cardíaca congestiva e depressão. As pessoas ficam propensas a se envolverem em acidentes e morrem mais.
Quais são os sintomas de apneia do sono?
Podem ser observados sintomas associados com apneia :
A suspeita diagnóstica é feita com a coleta da história médica e exame físico. Atenção é especial para a história de sono, o exame das vias aéreas a aplicação de uma escala de sonolência (Epworth) e, eventualmente, do questionário para identificação de apneia em adultos (STOP-Bang).
Questionário STOP-Bang = Para cada item positivo é um ponto. Mais de 3 pontos indica risco de apneia do sono
O diagnóstico definitivo e a classificação em gravidade da apneia do sono são feitos por um exame de polissonografia. Ressonância nuclear magnética ou tomografia computadorizada pode documentar via aérea significativamente reduzida.
Qual o tratamento da apneia do sono?
Várias opções de tratamento existem para o diagnóstico de apneia do sono. A terapia de pressão de positiva de vias aéreas (PAP) aplicado com uma máscara facial é o tratamento padrão de apneia do sono. Nem todos se adaptam com esse tratamento. A aderência ao tratamento pode ser baixa, o que diminui a efetividade do tratamento.
Para aqueles que não podem utilizar a terapia de PAP, existem tratamentos alternativos. Intervenções de estilo de vida que podem beneficiar os pacientes com apneia do sono são a perda de peso, exercício, mudança na posição durante o sono, evitar álcool e a revisão de medicamentos.
Intervenções cirúrgicas visam melhorar a apneia do sono são uvulopalatofaringoplastia, avanço maxilo-mandibular e cirurgia bariátrica.
Outros tratamentos para apneia do sono são estimulação do nervo hipoglosso, dispositivos intraorais e valvas nasais expiratórias.
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