Osvladir Custódio - Psiquiatria

O que é terapia cognitivo-comportamental?

Osvladir Custódio • 31 de outubro de 2021

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O que é terapia cognitivo-comportamental?


A terapia cognitivo-comportamental (TCC) engloba hoje diferentes modelos de psicoterapia como, p. ex.,  psicoterapia cognitiva,  terapia comportamental dialética, terapia focada na compaixão, terapia de aceitação e compromisso.

Albert Ellis foi o pioneiro da formalização das TCC, a terapia racional emotiva. O saudoso Aaron Beck, pesquisador e criador da Terapia Cognitiva, publicou, em 1979, sua mais importante obra, a Teoria Cognitiva da Depressão. Em reconhecimento à sua influência, foi agraciado, em 2006 com o Prêmio Lasker, uma distinção de grande prestígio concedida a indivíduos que mais tarde recebem o Prêmio Nobel.


“o que realmente nos assusta e desanima não são os eventos externos, mas a maneira como pensamos sobre eles. Não são as coisas que nos perturbam, mas nossa interpretação de seu significado.”

Epicteto (55 - 135)


O modelo cognitivo de Beck baseia-se na hipótese de primazia das cognições sobre as emoções e comportamentos. As cognições ou interpretações, as quais refletem formas próprias e particulares de processar informação e representar o real, constituiriam a base das perturbações emocionais, definidos, na teoria cognitiva, mais propriamente como transtornos de processamento de informação.

A Terapia Cognitiva de Beck é composta por intervenções com maior acervo de suporte científico para uma série de transtornos ou problemas psicológicos. É eficaz no tratamento de depressão, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico, fobia social, transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno de estresse pós-traumático.

Esta terapia possui duração limitada no tempo, é orientada para o presente e funciona por meio da aliança colaborativa entre terapeuta e paciente em direção à resolução do problema.

Durante a terapia, busca-se desenvolver ou devolver ao paciente a flexibilidade cognitiva, por meio de intervenção sobre as suas cognições, a fim de promover mudanças nas emoções e comportamentos que as acompanham. Para tanto, o paciente deve aprender competências cognitivas e comportamentais, melhorar sua performance interpessoal e alterar seus pensamentos distorcidos.

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